A COR DE CORALINE
Coraline e Pedrinho estão na escola, em uma atividade corriqueira. Então, o menino pede emprestado o lápis cor da pele. Antes de escolher o lápis e entregar a Pedrinho, Coraline reflete sobre o pedido e suas múltiplas respostas. A menina analisa o conteúdo da sua caixa de lápis: há doze deles, de doze cores diferentes e com doze nomes com os quais ela está mais que familiarizada. Mas essa tal “cor de pele” ela não consegue identificar logo. E que cor é essa?
Nas páginas que se seguem, Rampazo, autor das ilustrações e do texto, desfila em diversos tons as ideias da criança sobre cores e pele, extrapolando o real e permeando o campo da fantasia. Coraline puxa de seu imaginário infantil os seres que conhece, procurando se lembrar de quais cores eles têm. Os lápis colorem ainda alguns sentimentos, oferecendo mais uma gama de possibilidades para o uso das cores no tocante a pele. Depois de tanto refletir, a menina acaba por surpreender seu amigo Pedrinho de uma forma muito peculiar.
O texto curto, narrado em primeira pessoa, favorece a identificação da criança leitora com a personagem narradora e seus questionamentos. De traços delicados, as ilustrações se equilibram em páginas fartamente coloridas e outras em que o branco predomina, oferecendo ao leitor intervalos de reflexão sobre as ideias da menina Coraline.
Sem se apoiar nas cores branca ou preta, Rampazo desconstrói argumentos e conceitos sobre a existência de apenas uma “cor de pele”. Com leveza e criatividade, o autor explora com respeito a questão da diversidade étnica, um assunto culturalmente complexo para a sociedade contemporânea. Contando ainda com texto de quarta capa assinado por Ignácio de Loyola Brandão, A cor de Coraline é um livro essencial para crianças, pais e professores.
Ficha Técnica
Autor: ALEXANDRE RAMPAZO
32 pp. | 21x28 cm
Assuntos: ilustrado, infantil
Selo: Rocquinho
ISBN: 978-85-62500-76-3